Dados Queimadas

Olá Galera,

Meu nome é William, sou parte do SJC Digital.

Estamos fazendo um trabalho para mostrar dados das queimadas em um Dashboard. Um membro do SJC Digital, o Pedro, já fez uma boa coleta de dados, mas hoje acordamos com notícias que podem levar a possíveis implicações políticas dos dados de queimadas publicados pelo INPE. Por isso estamos procurando outras fontes.

Alguém teria uma ideia de datasets de queimadas? Mundialmente procurei por “wildfire brazil” e coisas do tipo, mas no máximo encontrei dados geográficos, estou procurando por dados em texto em algum formato como CSV.

Obrigado!

Quem quiser ver os dados que coletamos do INPE, segue:

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Pessoal,

Só para informação a gente publicou aqui um dashboard com os dados das queimadas, pode ser util para alguém

http://appcombo.com.br/?import=Queimadas%20no%20Brasil

Pela natureza dos dados sobre queimadas ser alta e diretamente relacionada com a sua localização, creio que a maior parte dos dados que você vai encontrar serão na forma de mapas mesmo. Esses mapas podem ser processáveis por máquina, em formatos como ShapeFile, .KML, .GML, GeoJSON, etc. Então, para tabular esses dados em CSV seria necessário primeiro definir um critério metodológico para isso e fazer um geoprocessamento mesmo. Algumas vezes, arquivos como ShapeFile costumam já vir com tabelas dentro, o que pode facilitar esse processamento.

Se você procura outra fonte sem ser o INPE, a NASA também tem muitos dados sobre queimadas:

https://earthdata.nasa.gov/learn/toolkits/wildfires

Olá Herrman,

Muito obrigado pela resposta.

Nosso medo é publicar somente os dados de focos de queimadas e não dar a ideia da dimensão das queimadas, por exemplo: área desmatada. Outro são os de fenômenos naturais, que naturalmente acentuam as queimadas, como El Niño.

Precisamos cruzar esses dados para garantir que o usuário não estará vendo um dado isolado e chegando a conclusões precipitadas.

A página que você compartilhou irá ajudar a encontrarmos mais datasets para fazer diversos completemos aos dados do INPE.

Aqui está a página que estamos construindo:

http://appcombo.com.br/?import=Queimadas%20no%20Brasil&standalone&perspective=index#index|index%20[Screen]

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Estão ficando bem legais as análises e visualizações de vocês. Parabéns! :tada:

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Olá @jesuino, dá uma espiada nas dicas e solicitações da comunidade (vai reparar que algumas pessoas daqui do fórum) no git, https://github.com/sjcdigital/queimadas-data/issues
quando a discussão é mais específica do git, sobre a implementação, aproveitamos o recurso das issues ao invés aqui do fórum.

@ppkrauss Tínhamos adicionado os README e respondemos você no issue.

Pessoal,

Só para fechar o tópico, encontramos os dados que queríamos aqui:

http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/aq1km/

Tivemos que caçar um CSV e assim não foi necessário fazer scrapping. A notícia triste é que os tão esperados dados de setembro ainda não sairam, não sei se irão, pois foi uma aberração o que aconteceu no Pantanal, talvez tenhamos ~20k km² queimados, mas vamos esperar.

Dessa forma seria ainda muito interessante termos dados de outras fontes.

Olá a todos, em especial @jesuino

Sugiro darem uma olhada em globalforestwatch.org/map/global, vocês mesmos podem avaliar o que tem de dados sobre o Pantanal.


NOTAS

Além dos dados do INPE, como comentou o @herrmann, temos diversas fontes internacionais monitorando a deflorestação… Tradicionalmente (ex. vide Programa Landsat) as imagens da banda do infra-vermelho correlacionam com visível para pegar com mais precisão os diversos tipos de refletância dos vegetais… As imagens brutas são então processadas por “experts que assinam embaixo”, tais como o INPE e universidades no Brasil — para evitar discussões sobre soberania e jurisdição, melhor que tenham entidades idôneas brasileiras nas interpretações.

Entre as fontes de alta resolução, a mais recente e promissora, com dados livres (CC0) parece ser o satélite da Noruega. Transcrevo abaixo (não achei link do PDF que obtive mês passado) o resumo:

O Ministério de Clima e Meio Ambiente da Noruega, por meio da Iniciativa Internacional Norueguesa para o Clima e Florestas (NICFI) e Kongsberg Satellite Services, Planet e Airbus, tem o prazer de oferecer ao mundo um bem público global. Daremos ao mundo o acesso confiável e consistente de dados de satélite óticos de alta resolução que serão comparáveis ao longo do tempo.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Resolução espacial: 4,7m x 4,7m
Bandas: Visual 3-band (RGB)
Cobertura: 30 Norte a 30 Sul
Disponibilidade: Todo mês, com adição a cada 6 meses entre Dezembro de 2015 e Dezembro de 2019
Duração: Dezembro de 2021 com opção de extensão até dezembro de 2023
Licença: Nenhuma

Infelizmente é só RGB, mas o processamento de imagem hoje é bastante eficiente na detecção de impactos florestais, principalmente neste caso com séries temporais em alta resolução… Precisa descobrir quem está processando e classificando as áreas de impacto.

Ver por exemplo nicfi.no ou noticias em planet.com.

A iniciativa da Noruega, cedendo em CC0 os seus dados, surgiu praticamente que em resposta à recente explosão de desmatamento no Brasil e ao desvio de recursos para a compra de imagens de alta resolução.


PS: se existisse ainda no Brasil algum tipo de policiamento florestal efetivo, os dados de alta resolução seriam solução principalmente para a estratégia criminosa de desmatamento em pequena escala.

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Muito bem lembrado, Peter, essa fonte de imagens de satélite cedida pela Noruega.

Talvez seja relevante aqui, também, mencionar o projeto NextGenMap, do laboratório Lapig da Universidade Federal de Goiás. Ele foi apresentado no 5º Seminário de Análise de Dados na Administração Pública, promovido pelo TCU no ano passado:

Deep learning para identificação precisa de desmatamentos através do uso de imagens satelitárias de alta resolução – Evandro Carrijo Taquary

https://youtu.be/M1TCiByZQdc?t=9114

O foco é no desmatamento, mas suponho que a mesma técnica também possa ser adaptada para detectar queimadas, não?

No 6º seminário, neste ano, também foi apresentado um outro projeto que usa uma técnica de processamento de imagens de satélite, mas desta vez para detectar barragens de mineração irregulares.

Descoberta e monitoramento de barragens de rejeito de minério e minas de superfície utilizando imagens de satélite gratuitas e deep learning – Remis Balaniuk

https://youtu.be/LSqMlzOm80E?t=10884